Os painéis solares térmicos são uma opção cada vez mais popular. E porquê? Além de amigos do ambiente, são uma solução eficiente para o aquecimento da água, permitindo reduzir as despesas de eletricidade e, acima de tudo, melhorar a nossa pegada ecológica.
Como em qualquer outro sistema, também os painéis solares térmicos requerem manutenção regular para garantir um correto funcionamento e eficiência ao longo do tempo. A troca do glicol é, em particular, uma parte importante no momento da manutenção.
Se não sabe porque deve mudar o glicol do painel solar térmico e de quanto em quanto tempo deve ser feito, vamos esclarecer tudo! 🙂
Porque é que o glicol é utilizado nos painéis solares?
O glicol é nada mais nada menos do que um fluído usado em sistemas de energia solar térmica, de modo a transportar o calor em circuitos fechados. Passamos a explicar.
Nos sistemas de energia solar térmica, a luz solar é captada e usada para aquecer um fluído, água ou uma mistura de água e glicol, normalmente. Esse fluído aquecido é, então, utilizado para fornecer água quente para banhos, por exemplo.
Mas o glicol é adicionado à água com duas finalidades, essencialmente:
Proteção contra o congelamento
Em regiões onde as temperaturas são muito baixas e há um risco elevado de a água congelar, a adição do glicol aos painéis solares vai fazer com que o fluído não congele. ❄️
Caso isso acontecesse, existe uma grande probabilidade de os tubos e coletores ficarem danificados. No fundo, o que o glicol faz é aumentar a resistência do fluído a temperaturas muito baixas.
Proteção contra o sobreaquecimento
Já em climas mais quentes, o glicol tem uma ação contrária. Ou seja, quando a temperatura dos coletores solares sobe muito, o fluído também pode chegar a temperaturas altas. Ao usar esta substância, é possível reduzir as hipóteses do fluído ferver e, consequentemente, danificar o sistema. 🙁
Além disso, o glicol também atua como um agente anticorrosivo, protegendo os componentes metálicos do sistema de energia solar térmica contra danos causados por corrosão.
Quando é que o glicol dos painéis solares deve ser mudado?
A manutenção regular dos painéis solares é fundamental para garantir um bom funcionamento de todo o sistema, além de evitar problemas desnecessários.
No que diz respeito ao glicol, especificamente, também é necessário fazer uma verificação periódica. A troca até deve ser feita em intervalos específicos para assegurar que o sistema continua a funcionar em segurança e de forma eficiente.
Recomenda-se mudar o glicol do painel solar de 2 em 2 anos, no máximo. Mas atenção! Há sempre condicionantes, como o tipo de glicol que usa, as condições climatéricas da zona onde vive, tudo fatores que influenciam diretamente o bom funcionamento do sistema.
Claro que este intervalo pressupõe que não detetou nenhum problema, entretanto. Sempre que verificar alguma fuga ou danos, é importante procurar um especialista para avaliar o estado do glicol e perceber se é necessário fazer a mudança antes do previsto.
Não estranhe se, por acaso, acontecer uma degradação do glicol ao longo do tempo. A exposição contínua à radiação solar, as variações de temperatura ou a presença de impurezas no sistema podem, com o tempo, reduzir a capacidade do glicol proteger os painéis solares contra o congelamento ou sobreaquecimento. Daí ser importante estar atento ao funcionamento do sistema e respeitar as indicações do fornecedor.
Quem o pode fazer?
Mudar o glicol dos painéis solares requer conhecimentos técnicos específicos. Por isso, deixe o trabalho para quem sabe, ou seja, para os profissionais qualificados e experientes em sistemas de energia solar e manutenção de painéis solares.
Além de terem todo o conhecimento necessário para avaliar o estado do glicol, detetar se há problemas no sistema e realizar a troca de forma segura e eficiente, eles estão familiarizados com os diferentes tipos de glicol disponíveis no mercado. Mais: há uma quantidade de glicol adequada que se deve usar para salvaguardar a eficiência do sistema. Não há ninguém melhor para indicar qual o mais adequado para o seu caso específico.
Ao garantir que tem um especialista a fazer a manutenção, consegue assegurar-se que o procedimento é realizado de acordo com as normas e especificações técnicas. Assim, vai diminuir o risco de possíveis danos no sistema (se se aventurasse a fazer a manutenção sozinho, por exemplo) e aumentar o tempo de vida útil.
Já para não falar de que durante a manutenção o técnico pode conseguir identificar outros possíveis problemas no sistema, facilitando a resolução, numa fase ainda precoce, e poupança em reparações futuras.
Só assim é que vai garantir que o seu sistema de energia solar continua a funcionar de forma sustentável e económica durante muito tempo.
Ainda não tem painéis solares? Fale connosco, temos a solução certa 😉