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Mosteiro dos Jerónimos: como visitar e porquê

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O Real Mosteiro de Santa Maria de Belém, mais conhecido como o Mosteiro dos Jerónimos, é uma das maiores joias arquitetónicas em Portugal e uma ode à Era dos Descobrimentos.

Classificado como Monumento Nacional desde 1907 e Património Mundial da UNESCO desde 1983, este monumento é um marco dos tempos áureos da história do nosso país, localizado numa das zonas mais cobiçadas de Lisboa – Belém.

Luís de Camões, Vasco da Gama e D. Manuel I vivem, há séculos, entre as quatro paredes de um dos ex-líbris da capital portuguesa.

Se ainda não teve oportunidade de visitar o Mosteiro dos Jerónimos, fique a saber porque é um dos monumentos mais procurados todos os anos. No final deste artigo, vai encontrar todas as informações que precisa para agendar uma visita. 🙂

O que comemora o Mosteiro dos Jerónimos?

O Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, é uma celebração da grandiosidade de Portugal e dos heróis do seu passado.

Portugal fez-se ao mar à procura do novo mundo e foi em 1498 que Vasco da Gama conseguiu descobrir o caminho marítimo para a Índia. E para manter viva a memória deste feito, além de estabelecer uma nova ordem religiosa dedicada a São Jerónimo, D. Manuel I mandou erguer um mosteiro.

Falar do Mosteiro dos Jerónimos significa, então, recuar até aos séculos XV e XVI, o tempo em que este rei era a figura maior da nação portuguesa e Portugal dominava os oceanos, ao lado da vizinha Espanha. O mundo estava dividido ao meio. ⛵

A conquista marítima trouxe riqueza ao país e foi através dela que D. Manuel I conseguiu suportar os custos da construção desta obra com mais de 300 metros e que demorou mais de 100 anos a ser construída.

Ele decidiu marcar para sempre o poder e riqueza da coroa portuguesa naquele tempo. Belém guarda, por isso, um dos tesouros mais importantes do reinado do Venturoso.

Porquê visitar o Mosteiro dos Jerónimos?

O Mosteiro dos Jerónimos é uma representação eterna do papel de Portugal na expansão marítima e de como novos caminhos foram desbravados pelo nosso passado.

É, por isso, um pedaço vivo da história de um país milenar, junto ao rio que viu partir as naus e caravelas e que as viu chegar mais tarde. Mas não é tudo: o mosteiro é também um símbolo ainda presente do estilo manuelino.

O Renascimento era a corrente artística mais recente que percorria a Europa naquele tempo, onde se vivia um período de grandes transformações. E o rei fez questão de a trazer para Portugal, mas adaptada à sua realidade.

Por isso, o Mosteiro dos Jerónimos é um reflexo de um estilo próprio que D. Manuel I acabou por criar: há alusões ao final do estilo gótico, que antecedeu o renascimento; a nova corrente artística também foi abraçada pelo rei; e, por fim, as influências marítimas. Foi assim que nasceu o estilo manuelino. 

A grandeza arquitetónica não passa despercebida aos olhares que se cruzam com ela. Além da impressionante dimensão, o trabalho artístico é de um detalhe incomparável, como nenhum outro monumento em Portugal. Daí ser considerado Património Mundial.

Mas é a sala à entrada da igreja que guarda o maior tesouro deste lugar: os túmulos dos grandes nomes da história do nosso país, que fizeram soar o seu nome nos quatro cantos do mundo, até hoje.

O autor de “Os Lusíadas”, o rei D. Manuel I e seus descendentes, Vasco da Gama, Alexandre Herculano e até o túmulo vazio de D. Sebastião, o jovem rei que nunca mais regressou da batalha de Alcácer Quibir, estão entre as paredes do Mosteiro dos Jerónimos desde o século XVI.

O que é preciso para a visita: horários e bilhetes

O Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, está aberto todos os dias, à exceção das segundas-feiras. O horário de funcionamento pode variar ao longo do ano (horário de verão e inverno), por isso é aconselhável verificar os dados atualizados antes de marcar uma visita. Pode fazê-lo aqui. Por norma, as portas abrem às 9h30 e fecham às 18h00.

No que diz respeito aos bilhetes, podem ser adquiridos à entrada do mosteiro ou online, se quiser evitar filas. Mas atenção: a última venda é feita até às 16h30, no inverno, e 17h00, no verão.

O valor do bilhete normal é 10€. No entanto, há descontos para os mais novos e maiores de 65 anos, pessoas com mobilidade reduzida, desempregados ou estudantes, por exemplo.

Mas se não se enquadra em nenhuma destas categorias e, ainda assim, gostava de usufruir de um desconto, temos boas notícias: o Mosteiro dos Jerónimos faz parte da rede de monumentos geridos pela DGPC (Direção-Geral do Património Cultural) e, por isso, integra a lista de monumentos e museus gratuitos aos domingos e feriados. Ou seja, pode reservar um domingo ou feriado para o visitar sem ter de gastar dinheiro. 🙂

E à volta do mosteiro há muito mais por conhecer. Belém conta a história dos descobrimentos e do legado manuelino. Se quiser um olhar mais aprofundado sobre esta época, há um complexo de monumentos neste pedaço lisboeta que o vão ajudar a perceber melhor a história. Falamos do Padrão dos Descobrimentos e da Torre de Belém.

Por isso, se estiver por Lisboa, reserve um tempo para visitar o Mosteiro dos Jerónimos, e o complexo envolvente, e maravilhe-se com a grandeza do passado português.

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