Está por todo o lado. Nas garrafas de água, nos utensílios da cozinha, nos brinquedos, nos equipamentos eletrónicos e, claro, nos supermercados.
O plástico tornou-se um elemento muito presente no nosso quotidiano, mas é tão impossível quanto necessário imaginar a nossa vida sem ele. O plástico é um dos grandes responsáveis pela poluição dos oceanos e está a formar um verdadeiro continente de lixo em alto-mar.
Por isso é urgente reduzir o consumo e aprender a reciclar e reutilizar plástico correta e diariamente. E em Portugal sabemos que esta tarefa não é nada difícil. Em todas as freguesias há dezenas de ecopontos amarelos com uma enorme capacidade para receber centenas de embalagens plásticas e metálicas todos os dias. Mas infelizmente ainda há muita gente que não os utiliza.
Segundo uma notícia divulgada pelo jornal O Público, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) constatou que em 2020 os habitantes de Portugal Continental produziram 512 quilos de resíduos, sendo que a meta era de 410 quilos por ano/habitante. Para além disso, a taxa de reciclagem dos resíduos urbanos foi de apenas 38%, quando o esperado era de 50%.
São números preocupantes e que nos despertam uma simples questão: porquê? Porquê é que os portugueses não estão a produzir menos lixo e a reciclar e reutilizar plástico (e outros materiais) com mais frequência?
Não nos propomos a apresentar todas as possíveis respostas, mas partimos do princípio de que estar informado é o primeiro passo para a transformação. Porque sabemos que o amanhã se constrói com as decisões de hoje, a Goldenergy explica como reciclar plástico em casa de forma simples.
Reciclagem de plástico em casa: como fazer e porquê
Se transformar o mundo é uma meta demasiado ambiciosa, podemos começar por nos transformarmos a nós mesmos. E isto, claro, começa com os pequenos hábitos em casa, como a reciclagem do lixo doméstico.
O primeiro passo é ter pelo menos dois caixotes de lixo: um para o lixo orgânico e outro para os lixos recicláveis. Se vive sozinho, provavelmente dois caixotes servem, mas se vive numa grande família, talvez melhor será ter mais para separar desde já os papéis, reciclar os plásticos e metais e, por fim, os vidros.
Convém destacar que a reciclagem não é recomendado apenas para famílias que possuem recursos para comprar caixotes. Qualquer saco grande ou mesmo uma caixa de cartão serve para separar os resíduos que produz em casa. O que não pode faltar é a disciplina de se reciclar o plástico uma ou mais vezes por semana.
De facto, reciclar o plástico que compramos nos supermercados é bastante simples. A maioria das embalagens é apta para reciclagem: sacos de plástico; garrafas de água, de sumos, de produtos de limpeza; as embalagens de leite; as latas de sumo e de conservas; os frascos de iogurte e diversas outras embalagens de plástico podem ser recicladas.
No entanto, há certos produtos compostos por outros plásticos que não podem ser descartados nos ecopontos amarelos. Por exemplo, eletrodomésticos, brinquedos e pilhas. Estes produtos quase sempre são compostos por elementos eletrónicos e, por isso, são considerados Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE). Pode encontrar o ponto específico para descartar este lixo através dos sites Onde Reciclar e Eu Reciclo.
Agora que já sabe como reciclar o plástico de garrafas e de outras embalagens utilizadas em casa, lembramos o caro leitor de alguns dos infinitos motivos para fazer a reciclagem de plástico diária ou semanalmente.
Porque é que devemos reciclar o plástico?
Temos argumentos mais do que suficientes para o incentivar a reciclar o plástico; argumentos que ocupariam não apenas este artigo, mas todo o blog da Goldenergy.
Por isso, apresentamos apenas três factos muito impactantes relacionados com o consumo de plástico e que fazem soar os alarmes das alterações climáticas.
1 – O continente de plástico
É assim chamado pela sua extensão: a ilha de lixo que flutua no oceano Pacífico tem três vezes o tamanho da França e mata anualmente milhares de animais marinhos que habitam as águas próximas à Califórnia e ao Hawai.
Estima-se que este é o maior depósito de lixo oceânico: em 2018 existiam 1,8 biliões de pedaços de plástico, a sua extensão era de 1,6 milhões de km2 e o peso estimado era de 80.000 toneladas de plástico. Infelizmente, estes números só continuam a subir.
Detalhe: a maior parte dos lixos plásticos que formam a ilha provêm dos países asiáticos. Mas e os lixos europeus, quais serão os dados sobre eles?
2 – A produção de plástico na União Europeia
Em 2018, mais de 1,13 biliões de unidades de embalagem eram utilizadas para alimentos e bebidas na União Europeia. A maioria destas embalagens, obviamente, era feita de plástico.
Segundo a Comissão Europeia, o objetivo é chegar às dez milhões de toneladas de plástico reciclado até 2025. No entanto, como referido no início deste artigo, Portugal tem muito que melhorar: em 2020, apenas 38% dos resíduos urbanos foram reciclados, quando era esperada uma taxa de 50%.
Aparentemente, temos muito que melhorar ao nível da reciclagem de plástico duro e da reciclagem de sacos de plástico – objetos tão comuns no nosso quotidiano.
3 – Aceleração das alterações climáticas
Estudos mostram que a degradação dos sacos de plástico liberta gases com efeito de estufa. Importa destacar que as libertações de metano e etileno não têm sido tidas em conta nos cálculos dos cientistas sobre a influência dos gases com efeito de estuda nas alterações climáticas.
Por outro lado, os níveis de libertação de CO2 por parte dos plásticos assusta a comunidade científica. Estima-se que, se mantivermos as tendências atuais de consumo de plástico, eles serão responsáveis por 56 gigatoneladas de CO2 até 2050.
Ou seja, o fabrico de plástico pode custar entre 10 e 13% do limite estimado de emissões de carbono para manter o aquecimento global abaixo de 1,5 graus Celsius.
Ideias para a reutilização de plástico
Os números apresentados são assustadores. Se não começarmos desde já a reciclar plástico, sobretudo a fazer a reciclagem de sacos de plástico, vamos pagar caro por isso.
E, veja bem: é uma atitude simples que a maioria de nós pode implementar no quotidiano doméstico. Reciclar o lixo, evitar o consumo de plásticos de utilização única e repensar os hábitos de compra, são escolhas urgentes.
Partilhamos algumas ideias mais concretas para reciclar outros plásticos para além dos sacos de supermercado.
Não compre garrafas de água de plástico
O melhor será utilizar garrafas de metal ou mesmo de plástico, mas de uso contínuo, e enchê-las com água da torneira para beber.
Não compre embalagens de plástico
Utilize os frascos dos gelados, do feijão, de iogurte e muito mais para guardar a comida no frigorífico. Não é preciso comprar outra embalagem de plástico para isso, utilize a que tem em casa.
Reutilize as embalagens de produtos de limpeza
Muitas marcas já vendem apenas os refills dos produtos de higiene doméstica e pessoal. Opte por estes sempre que possível e reutilize as embalagens antigas.
Escolha champôs e amaciadores sólidos
Desde as pequenas empresas de cosméticos naturais até às multinacionais, todas já comercializam estes cosméticos sólidos, embalados com papel reciclado. Assim evitamos as embalagens de plástico que vão diretamente para o lixo.
Normalize oferecer prendas usadas e embaladas em papéis reciclados
Nem tudo o que é usado tem de ir para o lixo, pelo contrário – pode ganhar uma segunda vida. Desde as roupas aos brinquedos infantis e eletrodomésticos, é possível fazer um amigo, um conhecido ou mesmo um estranho feliz com a sua doação.
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Tem mais alguma ideia para evitar o uso excessivo de plásticos em casa ou mesmo para reutilizar os que já possui? Partilhe connosco nas nossas redes sociais.
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