Sim, precisamos de falar sobre este tema. Precisamos de o conhecer, debatê-lo e transformá-lo numa ação de mudança. Convidamos o nosso leitor a saber um bocadinho mais sobre o aquecimento global e a verdadeira contribuição dos automóveis que usamos, para diversos fins, todos os dias.
Pegar nas chaves do carro para ir ao supermercado. Conduzir uma mota para ir a casa de um amigo que vive a poucos quarteirões de distância. Enfrentar o trânsito matinal para ir ao escritório.
Estas cenas são tão comuns que parecem quase inofensivas. Mas a verdade é que não são. Vejamos algumas atitudes mais radicais, como a da ativista sueca Greta Thunberg, que não viaja em aviões ou veículos poluentes, mas ficou conhecida pelas suas longas viagens em veleiros.
De facto, como alerta a própria ativista, a maioria dos veículos atualmente comercializados são movidos a motores de combustão interna que representam uma ameaça para o planeta.
Segundo a Associação Europeia de Construtores Automóveis (AECA), que reúne os 15 maiores fabricantes da Europa, no primeiro trimestre de 2021 foram vendidos 3,412 milhões de veículos movidos a diesel e a gasolina no continente.
Este número contrasta com o de carros elétricos, que superou em pouco os 1.8 milhões – pouco mais de metade dos veículos poluentes.
Mas, afinal, qual será a verdadeira contribuição dos veículos para o cenário que infelizmente estamos a construir: com chuvas ácidas, aumento dos níveis dos oceanos e agravamento do aquecimento global?
A Goldenergy partilha algumas informações úteis para que os nossos leitores possam estar mais conscientes e possam tomar decisões transformadoras.
Aquecimento global: qual é a verdadeira contribuição dos veículos?
Contribuição do motor de combustão interna
Antes de mais, devemos definir em rápidas palavras o que é o aquecimento global: é o aumento das temperaturas atmosféricas e oceânicas em todo o mundo, que tem consequências graves para a natureza.
Convém destacar, no entanto, que o efeito de estufa, que é um fenómeno natural, é responsável por manter as temperaturas da superfície terrestres apropriadas para a manutenção da vida.
O aquecimento global, portanto, seria o agravamento do efeito de estufa, causado por interferências humanas sobre a natureza.
Essas interferências ocorrem em vários setores: na produção exagerada de lixo, no aumento da circulação de transportes com motor de combustão interna, na criação intensiva de animais, no desmatamento, entre outros fatores.
Mas qual seria afinal a verdadeira contribuição dos veículos para o agravamento do efeito de estufa, ou mais especificamente, para o aquecimento global?
Segundo o Parlamento Europeu, os transportes são responsáveis por quase 30% das emissões de dióxido de carbono na União Europeia. Com transportes, o Parlamento refere-se a:
- carros;
- camiões de carga leve;
- camiões de carga pesada;
- veículos motorizados;
- aviação civil;
- ferrovias;
- navegação marítima, entre outros.
No entanto, se 30% das emissões de CO2 na Europa são causados por transportes, estima-se que 72% desse valor venha apenas dos transportes rodoviários – os 4 primeiros da lista acima.
Não é por acaso que são estes os transportes que vemos com maior frequência no nosso quotidiano, certo? Ou seja, é a nossa locomoção diária ainda a maior responsável pelo aquecimento global.
Pode ser difícil lidar com este choque de responsabilidade, mas foi isso que motivou a UE a estabelecer o objetivo de reduzir as emissões relacionadas com os transportes em 60% até 2050.
Nesse sentido, convém mencionar que não só de CO2 já está farta a nossa atmosfera. Há diversos outros gases libertados pelos automóveis que agravam ainda mais o aquecimento global.
Conheça-os a todos abaixo.
Principais gases libertados e os seus efeitos
Como dito anteriormente, o agravamento do efeito de estufa e, consequentemente, a evolução do aquecimento global, são consequência de uma série de agressões à natureza.
O motor de combustão interna é, sem dúvida, uma grande fonte de emissão de gases com efeito de estufa que contribuem para o cenário catastrófico do qual nos aproximamos a cada dia.
É importante “chamar os bois pelos nomes”, no sentido de nos consciencializarmos sobre a pegada ecológica, sobretudo a pegada de carbono que deixamos sobre o planeta.
CO2 (dióxido de carbono)
É o principal associado ao aquecimento global, uma vez que é o gás emitido em maior quantidade. Apesar de ser encontrado na natureza de forma espontânea, a sua libertação em excesso pela indústria automóvel é perigosa para o ambiente e para a saúde humana.
O excesso de gás carbónico na atmosfera torna o fenómeno das chuvas ácidas numa ameaça aos ecossistemas.
CO (monóxido de carbono)
É considerado um gás asfixiante emitido por todos os veículos com motores de combustão interna. A sua libertação excessiva pode diminuir a oxigenação no sangue, além de agravar problemas cardíacos e respiratórios.
NOx (óxidos de nitrogénio)
Um conjunto de gases emitidos sobretudo por veículos movidos a diesel. Provocam desconforto respiratório, diminuição da imunidade e até mesmo alterações celulares. Intensificam os problemas respiratórios, como alergias, asma e bronquite.
HC (hidrocarbonetos)
Além de provocarem cancro, causam irritações nos olhos, nariz, pele e aparelho respiratório. São emitidos sobretudo por veículos movidos a diesel.
CH4 (metano)
Apesar de provocar grandes danos ao corpo humano, é considerado um gás com efeito de estufa, pois impacta consideravelmente no aquecimento global.
CHO (aldeídos)
É um gás com efeitos similares aos do Hc e Nox, sendo também causador de cancro. É emitido em menor quantidade do que os demais gases poluentes.
MP (material particulado)
É emitido sobretudo por veículos a diesel e constitui-se naquele denso fumo visível a olho nu. Naturalmente, causa tosses e graves danos ao sistema respiratório, pois fica retido nos alvéolos pulmonares e causa grande desconforto.
A sua emissão já foi bastante reduzida nos últimos anos, mas não totalmente dos motores de combustão interna, pelo que ainda contribui para o agravamento do efeito de estufa e, consequentemente, o aquecimento global.
Vantagens do carro elétrico
Tendo em conta os prejuízos que os gases acima mencionados causam à natureza e à nossa sobrevivência, a principal vantagem do carro elétrico fica ainda mais evidente. Este veículo não emite qualquer gás.
Ponto final, ficamos por aqui. ? Brincadeiras à parte, explicamos os principais motivos pelos quais o carro elétrico é considerado o meio de transporte mais amigo do ambiente.
- O seu motor não é de combustão interna: pelo contrário, é um motor movido a recargas elétricas, não a combustíveis fósseis. Mas atenção: se a ficha de onde o carro elétrico extrai a sua energia for abastecida por eletricidade não-renovável, voltamos à estaca zero. Recorra a energia 100% verde.
- Sendo o seu motor elétrico, não liberta gases com efeito de estufa: afinal, estes gases surgem em consequência da queima de combustíveis fósseis.
- Menos manutenções: uma vez que o motor de um carro elétrico é mais simples, são necessárias menos manutenções para o manter em pleno funcionamento.
- Diminui a poluição sonora: os carros elétricos são extremamente silenciosos. De facto, nalguns destes carros, existem botões para ativar o barulho ambiente, para que os peões e outros carros possam facilmente perceber a sua presença na estrada.
Tendo estas principais vantagens enumeradas, é natural que se desperte a curiosidade por um veículo elétrico. No entanto, o seu alto valor de investimento é ainda para muitos uma grande desvantagem.
Sendo o aquecimento global um fenómeno causado por infinitas razões, sejam elas artificiais ou naturais, é claro que não podemos culpabilizar os motores de combustão interna como únicos responsáveis.
De facto, os nossos hábitos de consumo, de modo geral, influenciam ativamente sobre o futuro que estamos a construir no presente: a nossa alimentação, a recolha do lixo, as compras que fazemos e muito mais.
A Goldenergy está consciente de que cada escolha feita individualmente ou no ambiente do lar influencia no resultado que queremos ver em todo o planeta.
Se possui um automóvel elétrico, ou mesmo se pretende tornar a sua casa mais amiga do ambiente, escolha uma comercializadora com eletricidade 100% verde.
As pequenas atitudes sustentáveis dão-nos boa energia! Adira já à Goldenergy.