Enquanto recurso natural, o seu potencial é enorme – e enquanto fonte de energia é hoje muito importante nas nossas vidas. Mas de onde vem o gás natural e o que significa para a gestão do mercado energético em Portugal e no mundo? Qual é a sua importância no cenário de escassez de energia e diante da crise climática que se agrava de dia para dia? É o que vamos desvendar neste artigo.
Como é que o gás natural chega a Portugal?
A guerra na Ucrânia levantou o debate da origem do gás natural que, em diversas partes do mundo, consumimos – e em Portugal não foi diferente.
Com várias empresas a anunciarem cortes no fornecimento com origem na Rússia, país invasor, passamos também a analisar quanto do nosso mercado é abastecido por esta força energética internacional.
Embora o gás natural em Portugal conte com o fornecimento da Rússia, e que esta atividade tenha aumentado significativamente nos últimos anos, a verdade é que a nossa exposição ao gás natural russo é reduzida, face ao que é observado noutros países.
Essencialmente, Portugal não tem reservas de gás natural e, por esta razão, necessita de importar este recurso. Atualmente, mas com contratos a findar nos próximos anos, o fornecimento de gás natural para Portugal é feito, sobretudo, por países como a Nigéria (a nossa maior fonte deste recurso), os Estados Unidos, o Qatar e a Espanha.
O gás natural que consumimos no nosso país chega-nos, essencialmente, por meio de gasodutos de alta pressão ou através de navios (por via marítima, sob a forma de gás natural liquefeito ou GNL).
E para as nossas casas?
Para fazer o caminho até às nossas casas, o mercado do gás natural impõe a presença de outros agentes. São estes agentes que recebem, armazenam e transportam o gás natural até às nossas casas e locais de trabalho, através de contratos de concessão com a duração de 40 anos, estabelecidos pelo Estado português.
Quando este recurso chega a Portugal, recebe uma molécula com poder odorífero que vai permitir que sejam mais facilmente detetadas quaisquer emissões ou fugas acidentais. Isto porque, originalmente, o gás natural não possui, de todo, qualquer tipo de cheiro. Será que já sabia desta curiosidade? 🙂
Depois da sua chegada a solo nacional, o gás natural passa da rede de transporte para a chamada rede de distribuição, que é o interveniente que assegura o abastecimento dos nossos imóveis. Fique a saber mais sobre este processo no site da ERSE.
O gás natural, o planeta e o futuro das energias
Não é segredo para nenhum de nós que a degradação do planeta, agravada também pelo nosso consumo tradicional de energia e não só, também a crise energética que assola o mundo (especialmente neste período de invasão da Rússia à Ucrânia, dois dos grandes fornecedores de energia a nível global), fazem crescer a necessidade de procurar e investir em novas fontes energéticas.
Porque é que o gás natural é tão importante?
O gás natural é uma alternativa económica
Sim, já deve ter ouvido dizer que o consumo de gás natural é menos prejudicial para a natureza e para o futuro de todos. Isto porque, entre outras razões, o gás natural permite que a sua utilização seja constante e realizada através de um processo de “queima eficiente”, tornando-se assim possível que sejam atingidos níveis de rendimento elevado nos nossos equipamentos, reduzindo o consumo de energia e ainda os custos de manutenção com os mesmos.
Para além de ser um excelente aliado dos aparelhos movidos a energia, o gás natural tem outra grande vantagem associada, que o faz ainda mais apetecível para o mercado: tem um preço bastante mais competitivo face a grande parte das energias alternativas que conhecemos.
É uma opção energética menos poluente (dentro dos combustíveis fósseis)
Sabia que o gás natural é hoje considerado como o combustível fóssil mais limpo do planeta? Se o compararmos a outros combustíveis fósseis, chegamos à conclusão que da sua queima resultam menos emissões de gases como os óxidos de azoto e de enxofre (os vilões responsáveis pelas temidas chuvas ácidas), e ainda de dióxido de carbono, o causador do efeito de estufa.
O gás natural disponível na natureza pode abastecer os nossos consumos por muitos anos
É importante salientar aqui que nada se compara às energias renováveis, nem o gás. Mas estudos recentes calcularam que as reservas de gás natural que são hoje conhecidas seriam suficientes para o abastecimento das necessidades globais de energia pelos próximos 120 anos. E que as reservas totais, muitas ainda por conhecer, podem significar o abastecimento energético por mais de 250 anos. Isto tudo é uma conclusão matemática baseada nos consumos globais atuais.
E onde estão estas reservas? Como é trazido o gás natural para o nosso consumo? Vamos descobrir de seguida. 😉
De onde vem o gás natural?
Enquanto combustível fóssil, o gás natural é um recurso que se encontra na natureza, regra geral em reservatórios bastante profundos no subsolo, quer estejam associados ou não aos reservatórios de petróleo. Aliás, tal como o petróleo, o gás natural resulta de um processo de degradação da matéria orgânica (como plantas pré-históricas e fósseis de animais), sendo retirado dos seus reservatórios através de processos que incluem grandes perfurações no solo.
Isto quer, basicamente, dizer, que o gás natural é encontrado em grandes reservatórios subterrâneos, que são depósitos naturais produzidos pela natureza.
Resumindo, há 3 fases para a extração do gás natural:
1. Fase mais profunda, nas chamadas rochas geradoras, onde ocorre a migração do gás natural para a fase seguinte;
2. Fase das jazidas naturais, mais acima das rochas geradoras e ainda no subsolo;
3. Fase das torres de extração, criadas por nós para que o gás natural seja extraído da natureza e dirigido, por diferentes vias de transporte, para os nossos consumos.
Este processo que fomos capazes de criar e implementar para extrair este recurso depende (e muito) da função da natureza. A matéria orgânica que dá origem ao gás natural é acumulada e transformada naturalmente ao longo de milhares de anos para que a sua extração seja possível através das técnicas modernas que foram desenvolvidas.
Uma curiosidade extra: desde que é extraído e até chegar até nós, para o consumo final, o gás natural não sofre praticamente nenhuma alteração e nem passa por significativos processos industriais de transformação. Ou seja, utilizamos tal como o encontramos no subsolo. 😀
Como podemos utilizar o gás natural no nosso dia a dia?
Para o consumo residencial e comercial: para cozinhar as nossas refeições, climatizar as nossas casas e empresas, e aquecer a nossa água.
Para o consumo da indústria: como energia química e térmica, para a produção de força eletromotriz, como matéria prima de variados produtos químicos, como recurso energético necessário a diversos processos produtivos.
Para a mobilidade: veículos podem ser movidos a gás natural, dispensando recursos mais nocivos ao ambiente, como o diesel e a gasolina.
O que é preciso para ter gás natural?
1. Deve haver distribuição da rede pública de gás natural junto ao local de consumo.
2. Deve existir um ramal de ligação no imóvel.
3. A habitação ou empresa tem de possuir uma rede interna que esteja preparada para receber o fornecimento de gás natural – esta rede deve ser certificada por uma entidade inspetora.
4. O Operador da Rede de Distribuição deve atribuir um código CUI (o código universal de instalação) ao local de consumo.
5. O consumidor deve realizar um contrato de fornecimento com uma empresa comercializadora de gás natural.
Adira ao gás natural da Goldenergy
A Goldenergy está comprometida com um futuro mais verde para todos e para o planeta e, por isso, é claro que é comercializadora de gás natural em Portugal. 🙂
Se ainda não é nosso cliente, não esteja mais à espera: adira já à nossa energia 100% verde e faça parte da mudança enquanto poupa com os nossos tarifários mais baixos e vantajosos. 😀
Vemo-nos já! 😉